imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

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domingo, 4 de janeiro de 2009

O POVO ENCANTADO ESTÁ VOLTANDO



Pouco se tem falado do povo encantado nestes tempos. Mas o povo encantado está voltando. Não são ufonautas; Não são anjos. Nem fadas, duendes, sílfides ou salamandras; Não são entes que já morreram embora alguns deles tenham vivido aqui entre nós em outros tempos ou mesmo nesse. Isso é de grande interesse, pois outros humanos como nós podem nos dar pistas sutis e importantes para melhor compre-endermos e nos comunicarmos com o Povo Encantado. Ao contrário de outros povos que também passam certas vezes por essa dimensão da realidade o Povo Encantado tem vivo interesse pela Terra e seus ciclos. São muito ligados as árvores e medito como devem estar se sentindo agora que sabem que o ser humano declarou guerra ao mundo das árvores, nossas ancestrais guardiãs contra certos tipos de parasitas que vagam entre os mundos, roubando energia de organismos imaturos.

Fomos educados a ser subservientes. Nietzsche frisa isso falando da moral de escravos que nos regula.

Libertar-se dessa subserviência implica em vencer certos medos e certos pré-conceitos sobre nós mesmos e sobre a realidade a nossa volta. É importante que encaremos o Povo Encantado sem subserviência, do contrário seremos presos em armadilhas sutis de ficarmos eternamente tutelados por seres que apreciam esse tipo de postura, os quais há entre os muitos tipos de seres que compõe o Povo Encantado. A base de toda liberdade de um (a) xamã vem da liberdade perceptiva. Liberdade em perceber, pragmaticamente, a realidade a sua volta de forma que lhe aprouver.

O povo encantado está voltando para este plano da realidade. O que terão visto em sua viagem? Como reagirão ao notar a decadência desse mundo que deixaram há alguns ciclos? O povo encantado está voltando. Mais uma vez, em sua jornada existencial, como povo nômade que é, passa por uma planície que já passou outras vezes. Esta planície da Eternidade que tomamos por realidade única. Os primeiros emissários da tribo mostram-se perplexos frente à irrealidade deste mundo, a destruição, extinção, guerras de dominação e extermínio. Como um organismo surtado em total perda da homeostase a espécie humana neste planeta entrou numa trilha de auto-destruição e agora, com o poderio nuclear, ameaça concretamente, levar todo o Ser Mundo consigo.

São fatos, apenas sensíveis a quem está aqui e agora presente. E como o grau de alienação da grande maioria é tremendo fica apenas o fato sem se tornar ato. O ato de poder que precisamos realizar é tornar efetiva nossa realidade de praticantes do xamanismo. E entre outros atos concretos fica a forte intenção de VER energia, de começar a sentir as coisas em si e não apenas a convenção social descritiva que temos das mesmas. É fundamental isso para que mudemos o SONHAR coletivo do planeta no qual vivemos. Pois o que muitos dos seres que moram em outros mundos, entre eles o povo encantado que por muitos mundos peregrina, pretendem fazer é "acordar" o SER Mundo deste sonho, no qual vivemos. Este sonho que se tornou pesadelo do ser mundo, a idéia que corre pelos mundos outros que coexistem com este, é "acordar" deste fragmento da realidade, tirar a energia, tirar a intenção dessa realidade. Não sei se consigo passar a extensão disso, mas nós, de repente, nos tornaríamos habitantes de um mundo que não mais geraria energia mas tão somente um mundo espectro que se dissolveria sob os ventos da eternidade.

Quando o Grande Sonhador acorda nós nos tornamos meras entidades espectrais, terminando um drama patético de seres aspirantes a Eternidade, condenados a destruição covarde por ideologias dominantes e armas de grande poder manipuladas por poucos. Como xamãs podemos evitar que o Grande Sonhador nos abandone em seu sonhar, podemos intentar sonhar junto com o grande Sonhador um sonho novo, um sonho ponte.

Os da corrente Aesir em nosso meio chamam este sonho de sonho Bifrost, o sonho que une este mundo intermediário de Midgard à Asgard e aos mundos além, ao mundo dos Deuses e Deusas. Este sonho ponte precisa ser realizado e ampliado. Por esta ponte poderemos atravessar para uma condição alternativa da realidade onde o mundo tal qual o conhecemos amadurece para a próxima fase de sua existência em equilíbrio. Há os cultores do Caos, que dizem ser necessário tudo que está acontecendo, que temos de deixar tudo como está. A proposta da Tribo do Arco Íris e dos movimentos a ela coligados, é sutil nisso, sutil pois pretende agir para fortalecer o Ser Terra, já que trilhando o caminho xamânico temos a força da cura como uma de nossas armas.

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Outros (as) xamãs e povos antigos por aí estão, pela vastidão da Eternidade. De tempos em tempos alguns reaparecem sobre a Terra, há lendas e histórias deturpadas sobre tais eventos. Muito do que a literatura ufológica se apropriou, tendo alguns precipitadamente interpretado como seres de outros mundos, tem relação com estes povos e pessoas que voltam para esta realidade após navegarem por diferentes camadas da vasta cebola onde existimos.

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O povo encantado está voltando, está novamente caminhando em nossas ruas, andando em nossos passeios, misturados como se fossem também daqui, mas os que sabem VER , mesmo os que sabem "NOTAR" vão perceber que são alienígenas, que podem nos seus primórdios terem até mesmo brotado deste mundo, mas hoje são entes, seres diferentes , em sua forma de existir que prolonga suas vidas por tempos inconcebíveis a nossa mente, mas ainda assim um dia terá um fim.

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É interessante que poucos notem isso, mas o sistema criou um sistema de senzalas muito inteligente. Com modismos, com carências ampliadas, com crenças em medos e pecados, com rancores, com sensações constantes de frustração, conseguiu criar uma aura de medo e desconfiança que leva a um hipofuncionamento da maior parte dos seres humanos. Aí, tais seres, passam a depender da aprovação de certo grupo que elegem para seus "capatazes". Estar na moda, ter certos símbolos de status e poder passa a ser uma necessidade. E então se comprazem em "se matar" para passar uma "imagem". E sobrevivem em ocupações que lhes escravizam para poder manter tal imagem, para poder manter um carro, um celular, uma roupa, tudo de certas grifes, o que é algo que merecia internação psiquiátrica, sob a ótica do xamanismo.

Uma pessoa que sacrifica o dom da vida para servir a este esquema de imagens está tão fora de seu centro, é tão alienada de sua realidade que pode ser usada como massa de manobra para qualquer processo bem realizado de manipulação grupal.

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Estamos na batalha tão esperada, sutil, constante, onde cada triunfo sobre nossas falsidades interiores é também uma vitória rumo a um mundo equilibrado.
O ciclo termina.
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É um novo começo, é um novo momento.
Temos um trabalho.
Que só pode ser realizado por quem está presente aqui e agora.
Fugir do mundo em causas arrebatadoras é uma fraqueza bem explorada pelos que precisam que as coisas mudem de uma forma que continuem as mesmas.
A tribo do Arco Íris, o Povo Encantado e outras tradições que partilham desse combate por um novo estado de consciência atuam a partir da irradiação, isto é, que cada ser realize-se plenamente dentro de suas próprias fronteiras.
Aí sim sua ação não será um proselitismo exigindo de outros níveis de realização que "julga" serem os corretos.
Para quem se realizou o trabalho é radiante, a realização transborda e então impregna tudo a sua volta.
São formas completamente diferentes de encarar o trabalho de estar nesse complexo momento da realidade que intentamos aqui, usando mecanismos sutis como este, num mundo já paralelo, onde fótons virtuais correm junto aos fotons efetivos, ampliando os mundos onde esta mensagem chega.

O povo encantado está voltando e urge que recuperemos nosso encanto.
Tão desencantados da vida seguem tantos pelo mundo.
Tão desencantadas da vida seguem tantas pelo mundo.
Encantamentos precisam ser recitados e realizados.
Encantar o instante, o aqui e agora, encantar com a presença.
Então o mundo encantado se mostrará, oculto sutilmente, presente onde sempre esteve, atrás da cortina chamada realidade que colocaram para nos cegar com sua clareza.
E saberemos que nunca caímos, nunca fomos alijados de lugar algum, apenas nos esquecemos.
E agora é tempo de lembrar.

http://pistasdocaminho.blogspot.com/2009/01/tempo-de-lembrar.html

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