imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

CONSELHOS DE UMA BRUXA



Seguindo uma trilha de amor e ódio percorrida pela maioria das mulheres nos últimos dois mil anos, constatamos caminhos de violências em todas as formas: cultural, religiosa, filosófica, enfim, desde a integridade física até a transformação total dos seus valores éticos, da essência do moral feminino até o respeito a si mesma, com seu corpo e sua função divina de procriar, de perpetuar a raça humana.

Conceber a alma da mulher hoje é deparar-se com um desafio obscuro. Na realidade, a mulher da atualidade está vivendo uma escravidão de alma. É escrava da sua própria densidade física. Do ego, das coisas da matéria, o que as nossas antepassadas chamariam de Mergulhadoras de Pântanos.

Alheia à habilidade natural dos sentidos de preservação sutil, do poder da premonição, da capacidade de transformar-se e gerir energias multiplicadoras de renovação, da força natural da Deusa interior que conduz, protege, e estabelece rumos naturais, que cria metas de paz e felicidade. Ela, a mulher atual, segue pela vida, amarga, ansiosa, dependente de um companheiro quase sempre nem tão companheiro assim. Mergulhada na sua própria incompetência, pobre de metas transformadoras, busca nas sensações meramente físicas, quase sempre sem entusiasmo o que encontraria na plenitude da sua própria essência, no seu poder do feminino.

...Mas a mulher despertada para sua Deusa interior, caminha serenamente entre a dor e as verdades da alma, consciente da meta estabelecida e da plenitude a ser alcançada.

...Lembrando sempre que é a mulher que pari o homem, que cria e o educa para a vida. O homem será sempre o resultado da formação e informação que recebe da mulher que lhe concebeu, ou a que lhe criou, que lhe amamentou e lhe enviou para a vida.

...Está na hora da mulher moderna desmistificar o velho e protetor Príncipe Encantado, aquele que a salva de um destino cruel e assim vivem felizes para sempre. É bom lembrar que nestes novos tempos, o Príncipe Encantado é o velho e bom diploma profissional e a Universidade é o casamento que garantirá um futuro, se não feliz para sempre, mas pelo menos será a chave do castelo, que facilitará o abrigo físico e o provento necessário. Quanto ao cavalheiro montado em um cavalo branco, que dará beijos mágicos e sedutores, estará naturalmente no caminho, como parceiro na mesma meta. Porque ele também já perdeu a fantasia de encontrar a bela Princesa indefesa, que espera pela sua viril companhia. O Príncipe destes novos tempos também já se desencantou com sua bela e frágil Princesinha, e está procurando uma MULHER, que seja parceira, guerreira, companheira, cúmplice e principalmente um ser humano. Já não está mais esperando encontrar a sua futura patroa, a sua senhora, a rainha do lar ou a dona de casa simplesmente. Ele busca encontrar aquela com quem vai dividir a vida, no sentido real da palavra dividir: proventos, emoções, os prazeres do corpo e a função divina de perpetuar a raça humana.

...Não estamos nesta guerra silenciosa por poder ou mesmo por querer ocupar o lugar masculino, não, apenas lutamos pela nossa divindade de existir de forma plena, livre e verdadeira. Pelo nosso poder feminino que nos foi violentamente subtraído de formas tão cruéis. Negando até mesmo o nosso poder de parir, quando instituíram a origem da mulher, extraída da costela de um homem, negando assim a divindade da maternidade da nossa Mãe criadora. Negando o nosso útero. Transformando a nossa função sagrada de menstruar em algo sujo e pecaminoso. Somos fortes quando temos a real consciência da grandiosidade do rio de sangue que corre nas nossas entranhas que dá origem a vida, como o líquido sagrado dos rios e mares, a água que corre nas entranhas da grande Mãe.

http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=2882

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