imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

BLOG COM MEUS POEMAS:

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O DIA DAS BRUXAS



Há muitas Atenas – as filhas do Pai – (que não gostam de bruxas)…e andam por aí à procura de “espiritualidade” no negócio e no trabalho...para ficarem com a consciência tranquila em vez de uma verdadeira Consciência de si como mulheres...

Nenhuma delas desejará enfrentar a sua Sombra, a sua rival…e nelas vêm o diabo…são meninas bem-educadas, intelectuais ou católicas, muito assertivas, muito ativas nas economias, nos mercados e na Assembleia Nacional…algumas chegam até a Ministras porque de...putadas já eram, como sempre foram, promovidas pelos papás…e papas…


O que os fazedores de historinhas para crianças não contaram...era que a Maçã, esta e a outra que a Eva comeu, continha o ANTÍDOTO para anular a formatação que todas as meninas sofrem pela educação dos pais e dos padres...e que dizem que a madrasta (a mãe má) é que é sempre a má da fita...e que só o príncipe as pode salvar...e depois à conta disso todas engolem sapos a vida inteira...


http://rosaleonor.blogspot.com.br/2012/10/o-dia-das-bruxas.html

terça-feira, 30 de outubro de 2012

CAMINHOS ALTERNATIVOS




Os povos nativos celebravam a vida e os ciclos da natureza em seus cultos, não eram cultos de adoração apenas, eram cultos de "sintonização".

Os cultos "exotéricos" das religiões que foram dominando o mundo cada vez mais destruíram esse elo do Ser humano com a Terra, passaram a cultuar egrégoras, imagens de um deus distante, fora da Terra, julgando, punindo ou "agraciando" o ser humano segundo misteriosos caprichos, mas sempre necessitando de ser "adorado", "temido", "idolatrado", assim tivemos a quebra do elo do ser humano com a Terra e com o Sol, fontes reais de vida, seres realmente vivos, fontes reais da nossa vida, para nos ligarmos a abstrações mentais de deuses feitos a imagem e semelhança dos medos e caprichos humanos.

Notem, nos cultos que surgiram, o ser humano deixa de se harmonizar com as forças do Sol, da Terra e dos Astros e outras forças cósmicas que os festivais e ritos dos ancestrais realizavam e passa a adorar uma representação abstrata de um pretenso principio único de um pretenso deus único e verdadeiro que torna toda pessoa que chame a divindade por outro nome, "infiel".

Essa passagem do contato direto com a VIDA com a NATUREZA, para uma religiosidade de adoração a "imagens" e "representações" é tida por "evolução", passagem do "primitivo e pagão politeísmo" para o avançado, progressista e evoluído " monoteísmo".

E o que fizeram esses Deuses, cada um se dizendo "único e maior", desde que começaram a ser adorados Serviram de desculpa pra toda guerra que houve desde então, até hoje, basta ligar a TV e ver esses deuses brigando, até versão 1 e versão 2 do mesmo deus (como no caso de cristãos e protestantes na Irlanda).

Sentir a Vida como Divina, logo a natureza como divina, viva e consciente é algo fundamental ao caminho xamânico. Nas cidades isto é mais difícil, por isto é mais fácil ser praticante dessas abordagens mais racionais e menos sensíveis da realidade, da religiosidade. Na cidade, com supermercados, açougues e feiras pode-se esquecer que tudo aquilo, alimento, ainda vem da Terra, depende do Sol, da chuva, dos ventos, pássaros e insetos polinizadores, do ciclo correto das estações. Assim os natais de presentes e páscoa de ovos de chocolate são celebrações mais importantes que a primavera que volta com a vida ou o momento da colheita. Para nós do xamanismo é claro que a vida tem seus ciclos, suas formas de se manifestar, isto celebramos, com estes ciclos nos sintonizamos. Na Terra e no Sol temos as forças fundamentais a Vida, sem elas nada existiria, e este poder só está ali, nenhum ser ou espectros de outras dimensões que tantas vezes atribuímos mais valor que a força viva da natureza a nossa volta, pode nos sustentar enquanto "seres vivos e conscientes".

A magia telúrica, a Bruxaria telúrica são parceiras do xamanismo nesta abordagem. Nosso corpo lê a energia das estrelas, metaboliza mesmo tal energia, mas nossos pés precisam estar no chão e temos de estar bem alimentados e saudáveis para interpretarmos corretamente o que tais forças nos mostram.

O Sol é nossa fonte de vida, mais forte que qualquer rito, que qualquer símbolo mágico, que qualquer eucaristia, lá está ele, Sol, fonte da Vida, sem o qual nada aqui existiria e mesmo que nos destruamos nessa loucura de guerras com fundo econômico que estamos gerando, ainda assim continuará lá, iluminando o céu de um planeta desolado porque os conquistadores tomaram o mundo e impuseram seu modo de ser.

Agora, mais que nunca, precisamos de caminhos que nos ensinem a usar nossa mais profunda e poderosa magia, pois loucos dominam o mundo, esses loucos tem armas poderosas e respeito algum a vida, apenas sua insanidade e frustração existencial como guias.

Como nas antigas lendas nativas, temos de ousar sair na jornada mágica da busca de meios de nos protegermos desses loucos, para que a vida ainda seja possível a nós e nossa descendência.

Nuvem que passa.

sábado, 27 de outubro de 2012

A CRIAÇÃO




Ao longo de eternidades incontáveis, aprimorando, refinando e aperfeiçoando a morfologia da natureza através de milhares de milhões de iterações de "seleção natural", sempre houve uma vontade silenciosa invisível por trás do aparente capricho da natureza, um espírito intemporal que informou a direção da vida com intenção desconhecida.

E não foi algum patriarca rabugento que escolheu a forma do mundo, mas sim que a vontade da vida manifesta pela Natureza nas escolhas de bilhões de mulheres, concedendo aos pássaros a sua cor, aos tigres suas listras, aos rinocerontes seus chifres, e assim por diante em toda a tela da grande vida do mundo:

Foi a mulher a responsável pela criação de Adão...

(Jonathon Earl Bowser) 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A DESCIDA


É preciso que a mulher descubra o seu verdadeiro rosto…
Não adianta honrar a Deusa sem honrar a mulher em nós…

De nada serve cultuar a Deusa sem sabermos o que significa a sua caminhada interior nem a descida ao mais profundo dos abismos. De nada serve imitarmos os seus rituais sem termos descoberto o segredo que nos foi ocultado durante milênios e vivê-lo na nossa pele!

...
De nada serve cultuar a Deusa sem integrar as duas faces da mulher…sem que saibamos primeiro quem somos em essência – e a nossa essência não é só o sangue e dar à luz e sermos amantes…

É muito mais do que isso e sem que nos liguemos á Natureza primordial do nosso ser, sem termos olhado esse outro lado oculto de nós, a mulher reprimida, a mulher negada, a mulher raivosa, a mulher frustrada, a adúltera, a frígida ou a mulher infeliz, a mais desgraçada das mulheres, não encontraremos a Deusa em nós.




Para encontrarmos a Deusa temos de fazer essa descida aos subterrâneos mais secretos do nosso ser onde está a Rainha da Noite à nossa espera…Aquela que chora dia e noite e não faz mais do que esperar que a vamos resgatar…

Porque É Ela que nos inicia e coroa…

Rosa Leonor Pedro

A PESSOA ESPECIAL




Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial.
Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro.
Todas vêm de gerações diferentes.
Atravessam oceanos de tempos e profundidades celestiais para estarem conosco novamente.

...
Vêm do outro lado do céu. Podem parecer diferentes, mas nosso coração as reconhece.
Nosso coração as abrigou em braços em tempos antigos.
Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areia dos Homens Antigos.

Há entre eles e nós um laço eterno, que nunca nos deixa sós.
A nossa mente pode interferir.
"Eu não te conheço".
Mas o coração sabe.
Ele toma a nossa mão pela 'primeira' vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser.
Ela olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos..

Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele se arrepia. Tudo o que existe fora desse momento perde a importância.
Ele pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. Ele não permite que afastemos o véu.

Choramos e sofremos, mas ele se vai. A 'natureza' tem seus caprichos.
Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual.
O reconhecimento do espírito pode ser imediato.

Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família.. Ou ainda mais profundos.

Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.

O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento.
Um despertar da consciência à medida em que o véu vai aos poucos levantando. Nem todos estão prontos para ver imediatamente.
Há um ritmo nisto tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro.

Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito.
O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida.

O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal.

Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos.