Estamos cheios de ilusões.
Mas por isso mesmo não podemos precisar o que não é ilusão.
Isso nos induz a conclusão de que a maior ilusão é crer-se sabedor do que é real, é crer-se sabedor de que essa realidade ordinária que chamamos de mundo ou de cotidiano é única.
Assassinar o sonho pela crença absoluta no mundo como realidade única é estar enterrado vivo.
O conceito de sanidade vincula-se a esta crença do mundo como única realidade plausível .
Tomar os seres mágicos que somos como seres ordinários é um ato criminoso com relação as possibilidades perceptivas que possuímos.
Conheci uma pessoa. Ao conhecê-la fui tomado por todo o impacto de sua presença em meu ser. Conhecê-la foi um ato mágico. Ela como que me abriu novas direções em meu viver. Ao conhecê-la via-a em minha vida como o mensageiro do novo. Coisas estranhas começaram a me acontecer. Eventos fora do comum, sinais, sensações, sonhos e "coincidências" várias indicavam que aquilo que sempre sonhei era algo prestes a plasmar-se em toda a realidade de meu ser. Minha percepção daquela pessoa fez-me vê-la numa dimensão incomum. Mas a medida que nosso relacionamento foi se desenvolvendo fui descobrindo também os aspectos comuns daquele ser incomum. E por fim acabei tomando o incomum por comum e a magia se desfez, pois esqueci do meu primeiro amor para ficar apenas no comum e corrente .
Não estamos fazendo isso a todo o momento em nossos relacionamentos, amizades , paixões e anelos mais preciosos ?
Seremos assassinos de sonhos pelo ceticismo e pela falta de energia para vivê-los?
Por outro lado as vezes dentro do comum podemos perceber o incomum. Que possamos apurar todos os nossos sentidos em busca do maravilhoso.
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