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Escuridão somos velhas amigas
Quero entrar em teu templo secreto
Na intimidade de cavernas antigas
Desligar o ouvido,o sentido,o decreto
O medo ancestral do olho do mundo
Me encolhe,me tolhe,me rechaça
Me agride,me oprime,me deprime fundo
Escuridão velha amiga me refaça
Me veste de negro por inteira
Estou cansada de apontar o Norte
Minha sábia e sóbria companheira
Me sinto tão frágil ante a Morte
A dor,a cor,o vazio da alma
Me recolhe em teu ventre velha amiga
No teu manto negro que me acalma
Me acolhe,me adormece,me abriga
É madrugada,calada,parada
Escuridão amiga antiga e forte
Me sinto impotente,dormente,cansada
Da minha Luz,de toda Cruz,de cada Morte...
Anna Geralda Vervloet Paim
Porto Alegre,15/02/2009
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