imagem: Jia Lu, Illuminated
"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."
(Jalaluddin Rumi)
A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.
BLOG COM MEUS POEMAS:
http://desombrasedeluzanna-paim.blogspot.com/
"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."
(Jalaluddin Rumi)
A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008
UMA MULHER PODEROSA
Leonor da Aquitânia (cerca 1122 - 1 de Abril 1204) foi Duquesa da Aquitânia e da Gasconha, Condessa de Poitiers e rainha consorte de França e Inglaterra. Era a filha mais velha de Guilherme X, o Santo, (1099-1137), a quem sucedeu em 1137, e de Leonor de Châtellerault. A sua fortuna pessoal e o seu apurado sentido político fizeram-na uma das mulheres mais poderosas e influentes da Idade Média.
Leonor nasceu na corte mais literata e culta do seu tempo. O seu avô tinha sido Guilherme IX, o Trovador, (1071-1126),um dos primeiros trovadores e poetas vernaculares. Era ainda um homem extremamente culto, que transmitiu o gosto pela aprendizagem ao herdeiro Guilherme X que, por sua vez, ofereceu uma educação excepcional às suas duas filhas. Leonor e Petronilha eram fluentes em cerca de oito línguas, aprenderam matemática e astronomia e discutiam leis e filosofia a par com os doutores da Igreja. Esta educação, estranha por serem mulheres e em uma época em que a maior parte dos governantes eram analfabetos, permitiu-lhes, desenvolver espírito crítico e sagacidade política, útil especialmente à Leonor que haveria de governar ela própria. Guilherme X teve ainda o gosto de envolver a sua herdeira nos variados aspectos da governação, levando-a em várias visitas através dos seus territórios.
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Rainha de França
Em 1130 torna-se na herdeira universal do seu pai depois da morte do seu irmão Guilherme Aigret ainda na infância. Sete anos depois sucede em todos os títulos Guilherme X, após a sua morte durante uma peregrinação a Santiago de Compostela. Como senhora de uma porção substancial do que é actualmente França, Leonor de 15 anos tornou-se na noiva mais desejada da Europa. O eleito foi o rei Luis VII de França que, com o casamento, estendeu os seus domínios até aos Pireneus. Era desejo de Guilherme X, expresso no seu testamento, casar a filha com Luís, o Jovem, filho do rei da França (Luís VI). Em troca oferecia ao rei, como dote, a Aquitânia e Poitou.
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Estimulou o marido a participar da Segunda Cruzada, (1147-1149). Antes da partida atuou nos preparativos: promoveu torneios para arrecadar recursos, recolheu doações e, como era costume dos cruzados fazer, foi a todas as abadias pedir a bênção e as preces dos religiosos das ordens. Leonor acompanhou a expedição, assim como outras damas da nobreza, mas ela tinha o estatuto de líder feudal do exército da Aquitânia em pé de igualdade com os outros dirigentes. Segundo as lendas tradicionais, Leonor e as suas aias vestiram-se de Amazonas, num traje que incluia parafrenália militar. Esta história é duvidosa, mas de qualquer maneira é histórico que o seu comportamento durante a cruzada foi considerado indecoroso pelo papa.
Foi durante a expedição que começaram as divergências entre Leonor e Luis. Leonor era favorável à luta pela reconquista do condado de Edessa, pertencente ao seu irmão Raimundo de Toulouse. Luis considerava mais importante alcançar Jerusalém. A discussão resultou numa rebelião dos cavaleiros da Aquitânia, e o exército ficou dividido. Em consequência, Luís VII decidiu atacar Damasco, mas fracassou.
Em 1149, Luis e Leonor regressaram à Europa, passando por Roma, onde o Papa Eugénio III promoveu a sua reconciliação. A segunda filha do casal, Alice Capeto, nasceu pouco depois, mas o casamento estava perdido. Em 1152 a união é anulada por alegada consaguinidade e, em consequência, Leonor recuperou o controlo dos seus territórios, que foram retirados da coroa francesa.
Rainha de Inglaterra
Apenas semanas depois, Leonor casou com Henrique Plantageneta, o futuro Henrique II de Inglaterra, então Conde de Anjou, onze anos mais novo que ela. A relação dos dois pode ter começado antes da união aos olhos da Igreja, como sugere o nascimento ainda no mesmo ano de 1152 de Guilherme, o primeiro filho do casal. No fim da década de 1160, Leonor separou-se de Henrique e retirou-se para a Aquitânia, devido possivelmente aos casos extra-matrimoniais do marido ou da sua insistência em interferir nos assuntos do Ducado de Leonor. A reconciliação nunca chegou e, em 1173 Leonor e os seus três filhos mais velhos Henrique, o Jovem, (1155-1183), Ricardo Coração de Leão e Geoffrey revoltaram-se contra Henrique II - com o apoio de Luís VII, rei da França e ex-marido de Leonor. A rebelião familiar gerou outras revoltas em Poitoi e motins dos vassalos do rei em grande parte de seus feudos. Henrique II conseguiu controlar a situação e perdoou os filhos. No entanto, mandou prender Leonor que, acusada de ser a instigadora do complô, permaneceu encarcerada por 16 anos, primeiro no Castelo Chinon, depois em Salisbury, entre outros castelos da Inglaterra.
Em 1189, com a morte do marido e ascensão ao trono do seu filho Ricardo, Leonor é libertada e, com a partida de Ricardo para a Terceira Cruzada (1189-1192), tornou-se a regente da Inglaterra.
Leonor morreu em 1204 e encontra-se sepultada na Abadia de Fontevraud, junto de Henrique II e Ricardo I.
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