imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

A SABEDORIA PRIMORDIAL FEMININA





Nu Kua - UMA MÃE CÓSMICA

"Deusa na mitologia da China que criou a humanidade. Muito poderosa, metade humana e metade serpente. Ela é associada à chuva, poças de àgua, lagoas, lagos e outros lugares onde as àguas param e são populadas por criaturas Anfíbio e peixes.
Há cerca de seis ou sete mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do Útero de uma Mãe Cósmica; tal mito da criação universal teve lugar durante uma fase informe do mundo, aonde nada podia ainda ser identificado.

 Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua (China), Temut (Egito), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) --este último foi o termo usado mais tarde pelos escritores bíblicos para Abismo." (...)

Assim era nos primórdios..

"Há igualmente grandes evidências de que a espiritualidade, e em particular a visão espiritual característica de sábios videntes, já foi associada à mulher.

Nos registros arqueológicos mesopotâmicos soubemos que Ishtar da Babilônia, sucessora de Innana, ainda era conhecida como a Senhora da Visão, Aquela que Orienta os Oráculos, e a Profetisa de Kua.

 As tábuas babilônicas contêm numerosas referências a sacerdotisas que oferecem conselhos proféticos nos santuários de Ishtar, algumas das quais são importantes nos registros de eventos políticos.
Sabemos, através dos registros egípcios, que a representação de uma naja era o sinal hieroglífico para a palavra Deusa e que a naja era conhecida como o Olho, uzait, símbolo de compreensão e sabedoria místicas.
A Deusa naja conhecida como Ua Zit era a deidade feminina do baixo Egito (norte) em tempos pré-dinásticos. Posteriormente, tanto a Deusa Hathor quanto Maat ainda eram conhecidas como o Olho.

 O uraeus, uma serpente empinada, é encontrada com freqüência sobre as frontes da realeza egípcia. Além disso, um santuário profético, possivelmente sítio de um antigo santuário à Deusa Ua Zit, elevava-se na cidade egípcia Per Uto, que os gregos chamavam Buto, nome grego para a própria Deusa naja.


O famoso santuário oracular de Delfos também se elevava em um sítio originalmente identificado com o culto da Deusa.

E mesmo em épocas gregas clássicas, após ter sido dominado pelo culto a Apolo, o oráculo ainda falava através dos lábios de uma mulher.
Ela era uma sacerdotisa chamada Pítia, a qual se sentava sobre um mocho trípode em tomo do qual havia uma serpente chamada Píton enroscada.
 Lemos ainda em Ésquilo que nesse templo, que era o mais sagrado, a Deusa era venerada como a profetisa primeva.

Outra vez sugere-se que mesmo na idade clássica grega a tradição de uma sociedade de parceria em busca da revelação divina e da sabedoria profética através das mulheres ainda não fora esquecida."

IN O Cálice e a Espade - Riane Eisler

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