imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O ABISMO



Quando estamos de pé a beira do abismo é difícil olhar para baixo, temos medo de que, se olharmos, ele se torne maior ou faça-nos sentir tão insignificantes e indefesos que não sentiríamos a capacidade de combatê-lo.Temos medo de cair e sermos reduzidos a nada pela sua magnitude, temos medo de sermos tragados por ele de forma a não restar nada. Ficar parado, sem se mover, de olhos fechados, parece ser sempre a melhor opção em frente ao medo, a opção certa e segura a se fazer, mas se permanecermos assim, não teremos a chance de ver como ele realmente é, qual é seu verdadeiro tamanho e sua forma. Mas o medo da queda é algo que nos faz recuar, é difícil conseguir chegar a sua beirada, inicialmente rastejamos com dificuldade, sem abrir os olhos, temendo, de forma a querer recuar e voltar para sua posição segura, mas não, estamos em um ponto que não há mais volta, é enfrentar ou deixá-lo nos subjugar, então é quando se toma uma decisão, é uma decisão perigosa, talvez sem volta, uma decisão que apenas cabe a cada um de nós, e ela pode mudar nossa vida.



Cada um tem seu próprio abismo, eles podem ser grandes ou pequenos, dependendo de quem o enfrente ou da forma que enfrente, mas todos eles tem o mesmo fim, e somente quando abrimos os olhos podemos ver a finalidade do nosso. Infelizmente só conseguimos fazê-lo quando caminhamos até sua borda e nos atiramos nele, de corpo e alma. Temos medo sim, mas quando finalmente nos lançamos, percebemos que a queda não é tão grande, a dor não é tão intensa, e a magnitude que achávamos que ele tinha, era apenas uma ilusão. Ao percebermos que nós o derrotamos, o medo cessa juntamente com o arrependimento, e o que resta no lugar é o seu verdadeiro eu, renovado e completo, não o mesmo eu que começara a jornada, mas um eu mais forte, corajoso e capaz, o qual se revela finalmente após ficar tanto tempo adormecido dentro de uma casca. Assim você percebe que esse era simplesmente você, o tempo todo, apenas não conseguia percebê-lo no início, mas agora ele está lá, claro e inquestionável.

http://luadebarro.blogspot.com/2011/11/o-abismo-beatriz-erthal.html

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