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Aprendemos a celebrar os nossos ancestrais.
Mas raramente olhamos para eles com real respeito.
Não importa se nosso avô ou avó é cristão, mulçumano ou judeu. Seja pelo tempo que viveu ou pelas experiências que teve, precisamos reconhecê-los e ouvir suas histórias.
Resgatar a ancestralidade.
Respeitá-la de verdade.
Não estou me referindo a velas no altar ou colocá-los como múmias em museus que nunca iremos visitar.
Falo de trazê-los para sua realidade.
Porque eles podem falar de onde viemos. Do que somos feitos. Quem são aqueles que abriram nosso caminho no mundo.
Eles falarão das bençãos e das maldições que carregamos.
Algumas dessas histórias podem nos ajudar a compreender e até, quem diria!, a exorcizar uns fantasmas.
Podem nos ajudar a ver quem seremos.
Porque vamos envelhecer, não se esqueçam.
Se o curso esperado seguir, vamos perder as forças e ganhar rugas. Para as mulheres, cessará a menstruação. Para os homens, mesmo com viagras e afins, o corpo não terá a mesma disposição e elasticidade.
É preciso saber envelhecer.
É preciso amar o envelhecimento da sua carne, para compreender o seu ciclo nessa vida.
É preciso amar cada dia vivido, para poder amar o fim do ciclo.
É necessário não ter situações pendentes, desejos frustrados e uma vida pela metade para que se possa apreciar a velhice.
Para que se possa ter o que ensinar na velhice.
Para que se ame as rugas, as pernas fracas, as mãos trêmulas.
Para que finalmente se entenda que a beleza fenece porque ela também faz parte de um ciclo. E existe um ciclo onde a beleza está na profundidade e não na superfície. Está na tranquilidade e não no desespero. Está na história que se conta e não apenas na que se vive.
Vivam intensamente.
Envelheçam serenamente.
Amem e ouçam os idosos que podem lhe ensinar tanto hoje.
http://bruxadragao.blogspot.com/2009/11/ancestrais.html
Um comentário:
Se as religiões e a ciência descobrissem a grandeza da inteligência, as sociedades nunca mais seriam as mesmas.
Augusto Cury 2001 Amei o blog, Parabéns!
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