imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

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quinta-feira, 11 de março de 2010

SOMENTE PARA MULHERES(MESMO SABENDO QUE OS HOMENS TAMBÉM VÃO LER)

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Existem momentos na vida em que estamos mais plenas, mais repletas da energia da DEUSA, mais em harmonia com o Poder Feminino.

Sinto-me assim.

Talvez porque estamos nos aproximando do novo ano astrológico, que será regido por VÊNUS.

Talvez porque estamos em 2010, cuja soma resulta em 3, o número místico da DEUSA.

Talvez porque tenho meditado todos os dias – e há semanas – com a DEUSA, me embriagando em Sua Plenitude.

Talvez porque sou uma mulher plena, senhora de si e de suas escolhas. Talvez.

O fato é que me sinto absurdamente feminina – mesmo sempre tendo me sentido assim.

Absurdamente, porque vou além das paredes de mim e me transformo na DEUSA que sou de fato.

Sinto-me a própria lontra – mágica e sensual, rebolando seu encanto pelas margens dos rios.

E sinto-me ainda mais coruja que antes – como se a Anciã em mim refletisse todas as idades, mas me conferisse essa sensação de eternidade, me ofertando, também, a liberdade e a sabedoria contidas lá.

Sinto como se meu corpo respirasse dança, leveza, beleza, encanto, colo maternal, compreensão, aprendizado.

Como se o ar entrando por minhas narinas fosse uma troca com a respiração DELA.

Sinto-A percorrendo todas as minhas veias, preenchendo os meus espaços.

E me confesso completamente "viciada" nessa magia tão DIVINAMENTE FEMININA.

Mas nada do que disse aqui – ainda que tudo seja o reflexo de uma experiência pessoal – é unicamente meu.

Todas nós, mulheres, somos essencialmente DEUSAS – e é como DEUSAS que devemos construir nossas vidas.

Fomos arduamente condenadas ao longo dos séculos. Condenadas e reprimidas.

Pela História, pela Igreja, pela sociedade... e por nós mesmas.

Tornamo-nos apenas um pequeno rascunho de tudo que podemos ser, porque acreditamos que tal rascunho fosse a obra finalizada.

Pessoalmente, não acredito na versão judaico-cristã para a criação da Mulher, mas, tomando-a como exemplo, se assim fosse de fato, eu não gostaria de ter sido feita a partir da costela de um homem.

Se de fato, repito, eu acreditasse que fui criada a partir de um pedaço do homem, certamente eu seria seu símbolo fálico, nascida de seu pênis, sua representação de poder.

E não é à toa que a ciência, de certo modo, concorda comigo – já que parti, do pênis de meu pai, num jato certeiro rumo ao óvulo oculto no útero de minha mãe.

Nós mulheres somos mais que rascunhos ou pedaços de osso – aliás, acabo de perceber o quanto a sociedade nos obriga a ser de fato “um pedaço de osso”, exigindo de nós uma magreza sem sentido.

Nós mulheres somos a plenitude do Poder Feminino e é exatamente esse Poder que devemos trazer à luz e vivenciar em nossos dias.

Nada dessa conversa de que mulheres devem se igualar aos homens – porque mulheres não são homens e nunca serão!

Nada de alimentar nosso ser com energias e atitudes tão essencialmente masculinas. No way!

Precisamos ser plenas sendo quem somos de fato – e acreditando que seremos respeitadas e valorizadas justamente por sermos quem somos.

Precisamos respirar essa beleza, essa magia... essa embriaguez feminina que chega até nós a cada respiração da DEUSA.

Precisamos nos conscientizar de quem somos – e devemos esquecer, por completo, o que nos fizeram crer, subjulgando nossa condição sagrada de fêmeas.

Não importa quais são os seus traços físicos, tampouco importa quantos quilos você pesa ou a cor da sua pele, dos seus olhos, o jeito dos seus cabelos.

Importa apenas é a consciência do Poder Feminino que habita seu ser.

Nenhum homem repara verdadeiramente nos quilos de uma mulher enquanto faz amor/sexo com ela – tudo o que ele deseja saber é o quão boa de cama você pode ser... se sua carne é macia... se seus seios vão caber em sua boca quando ele decidir sorvê-los com gosto... se suas pernas vão agarrá-lo com força e verdade... se seus espaços internos se abrirão para ele... e o quanto de prazer proporcionado ele verá brilhar em seus olhos.

O resto é propaganda enganosa, alucinação em massa.

E nenhum homem espera de fato que uma mulher seja como ele – se assim o fosse, mais fácil seria relacionar-se com outro homem, já que nosso universo é tão mais complexo e complicado.

Também conheço poucos homens que gostam de mulheres submissas, sem qualquer senso de si mesmas – no máximo, eles se acomodam à elas.

Homens apreciam mulheres repletas do Poder Feminino. Nós também deveríamos apreciar isso, tanto em nós mesmas quanto nas demais.

Mas, ao invés de incentivarmos a Plenitude Feminina em outras mulheres, procuramos silenciar nossas vozes, acreditando que assim estaremos livres de possíveis concorrentes.

Fêmeas não concorrem, não disputam. Isso não faz parte da nossa natureza.

Fêmeas apenas exercem sua Feminilidade e deixam que os machos concorram, disputem – porque assim é a natureza masculina.

Fêmeas desfilam, feito lontras, à frente dos machos que despertam nelas algum tipo de interesse. Mostram seus encantos, suas possibilidades. Seduzem ao passar, exalando o perfume no ar. E só!

“E só”, porque sabem que foram notadas.

A partir daí... que o DEUS CAÇADOR guie seus caçadores.

Cabe ao CORNÍFERO eleger o melhor entre os caçadores e entregá-lo, por recompensa, à caça.

Então, deixemos o universo masculino por conta DELE e voltemos nossa atenção à DEUSA refletida no espelho.

Sintam essa plenitude!

Meditem em busca de suas DEUSAS pessoais e As encontrem!

Encontrando-As, deixem de lado todos os bloqueios, todos os aprisionamentos, todos os falsos conceitos que mascararam suas vidas e encontrem-se inteiras!

Não sei viver pela metade.

Já vivi. Mas, definitivamente, não sei mais viver pela metade.

Toda minha Feminilidade habita em mim e se faz presente em todos os momentos do meu viver.

Sou, de fato, por herança e excelência, uma DEUSA – e não pretendo ser vista de outro jeito.

Mas, como disse antes, nada do que disse aqui – ainda que tudo seja o reflexo de uma experiência pessoal – é unicamente meu.

Todas nós, mulheres, somos essencialmente DEUSAS – e é como DEUSAS que devemos construir nossas vidas.

Beijos e bênçãos!


Por LYDIAH
Escritora, Narradora, Pesquisadora Celta e Numeróloga

Fonte:http://www.templodeavalon.com/modules/articles/article.php?id=62

Imagem:Lauri Blank

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